A Idade da Pedra é o período da Pré-História durante o qual os humanos criaram ferramentas de pedra, sendo a tecnologia mais avançada naquele tempo. A madeira, os ossos e outros materiais também foram utilizados (cornos, cestos, cordas, couro...), mas a pedra (e, em particular, diversas rochas de rotura conchóide, como o sílex, o quartzo, o quartzito, a obsidiana...) foi utilizada para fabricar ferramentas e armas, de corte ou percussão.
Contudo, esta é uma circunstância necessária, mas insuficiente para a definição deste período, já que nele tiveram lugar fenómenos fundamentais para os humanos, quanto às aquisições tecnológicas (fogo, ferramentas, moradia, roupa, etc), a evolução social, as mudanças do clima, a diáspora do ser humano por todo o mundo habitável, a revolução económica, um sistema caçador-coletor, até um sistema parcialmente produtor (entre outras coisas).
As
origens humanas mais antigas, achadas em Portugal, são ossadas tipo
Neanderthal em Furninhas. A maioria das indústrias Paleolíticas
peninsulares estão aí representadas, mas uma cultura distinta surge nos
meados do Mesolítico nas zonas baixas do Vale do Tejo, datadas de cerca
de 5.500 AC. As culturas Neolíticas chegaram da Andaluzia.
No
primeiro milénio AC os povos Celtas entraram na Península pelos
Pirenéus, e por pressão natural, muitos grupos dirigiram-se para
ocidente. As culturas de Hallstatt trouxeram a fundição do ferro e a
fabricação de armas e outros objectos do mesmo metal, ao Vale do Tejo.
Os Fenícios e mais tarde os Cartagineses influenciaram fortemente o sul
de Portugal no mesmo período.
Períodos da Pré-História no território onde hoje é Portugal - "Idade da Pedra"
Paleolítico antigo ( Idade da Pedra Lascada ) - É representado até
100.000 A.C. por várias indústrias líticas de que se destacam o
Abbevillense, o Clactonense. o Achelense, o pré-Musturiense e o
Languedocense. Vestígios nas praias quaternárias do litoral, arredores
de Lisboa, Trás-os-Montes, Beira e Alentejo.
Paleolítico médio - Desde 100.000 a 40.000 anos A.C. Vestígios
nos estratos da Mealhada, sul de Peniche, bacia do Tejo, Columbeira (
Bombarral ), Furninha ( Peniche ), Ribeira da Laje ( Oeiras ), litoral
do Minho.
Paleolítico superior - Desde 40.000 a 8.000 anos A.C. Tribos de
caçadores instalaram-se nas várias regiões do Ocidente Ibérico. Tinham
instrumentos de pedra e de osso mais aperfeiçoados que os das culturas
anteriores. Práticas funerárias generalizadas e manifestações artísticas
com fins mágicos. Vestígios no Rossio do Cabo ( Torres Vedras ), grutas
das Salemas ( Ponte de Lousa ),
Epipaleolítico - 8.000 a 5.000 anos A.C. Populações que viveram
em cabanas junto às margens. Usavam objectos de adorno e enterravam os
seus mortos na posição fetal.
Neolítico ( Idade da Pedra Polida ) - 5.000 a 2.000 anos A.C.
Povos de origem mediterrânica, introduziram a agricultura e a pastorícia
na orla marítima e em algumas regiões do interior. Já no período do
Calcolítico em meados do terceiro milénio antes de Cristo, grupos de
mercadores vieram abastecer-se de cobre aos centros metalúrgicos da orla
mediterrânica. Vestígios quase em todo o território português.
Fim do que se considera "Idade da Pedra". É importante lembrar
que, a Idade da Pedra foi substituída em tempos diferentes. Por exemplo,
escavações mostraram que enquanto em certos lugares como a
Grã-Bretanha, se vivia na Idade da Pedra, em outros, como Roma, Egipto e
China, já se usavam os metais, construíam-se belas casas e conhecia-se a
escrita ideográfica ( escrita por hieróglifos ou símbolos).
Ainda hoje, em alguns lugares do mundo, como a Nova Zelândia, há tribos
que mal estão saindo do modo de vida da Idade da Pedra. Algumas das
tribos Maoris estão nessa situação.
Idade do Bronze - 2.000 a 700 anos A.C. No sudoeste da Península
Ibérica floresceu, de meados do segundo milénio até 700 anos A.C.. uma
civilização dada à metalurgia de que se identificaram duas fases: o
Bronze I (1500-1100) e o Bronze II (1100-840) ambas representadas por
necrópoles de cistas e mobiliário cerâmico e metálico, de cobre, ouro e
bronze.
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