sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Foz-Côa, Portugal



Os sítios de arte rupestre do Vale do Coa situam-se ao longo das margens do rio Coa, sobretudo no município de Vila Nova de Foz Coa. Os outros municípios abrangidos são: Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel.
Forma uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22 000 –10 000 a.C.), constituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo.
O património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado deste que é o maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20 000, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Coa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde Agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Coa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras.
No vale do Coa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo está a ser realizado por uma equipa de arqueólogos coordenada por Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista e demorará anos, talvez décadas.
As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40 – 50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente perceptíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.

 
As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstracta. Em Março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Fontes: Wikipédia

Dólmen de Chão da Parada




Num vasto terreno aplanado conhecido pelo topónimo Chã de Parada, na serra da Aboboreira, concelho de Baião, ergue-se o Dólmen de Chão (ou Chã) da Parada, entre as cotas 870 e 880 metros de altitude.
Este dólmen, referenciado por outros nomes igualmente sugestivos como "dólmen de Fonte do Mel", "Casa dos Mouros" ou "Cova do Ladrão", entre outros, é constituído por uma mamoa de grandes dimensões (cerca de 25 metros de diâmetro), uma câmara poligonal e um corredor.
A mamoa, ou montículo de terra e pedra destinado a cobrir o dólmen, tem cerca de 1,80 metros de altura junto à laje de cabeceira e encontra-se em bom estado de conservação.
A câmara é composta por quatro esteios laterais e uma laje de cabeceira de dimensões consideráveis que perfazem uma planta poligonal, mais larga (cerca de 4 metros) do que funda (cerca de 2,60 metros). Cobre-a uma monumental laje em granito.
O corredor, de planta sub-rectangular, tem cerca de 3,70 metros de comprimento e apresenta-se voltado para oriente.
Além de todo o interesse arquitectónico e funerário deste monumento, é de ressaltar ainda o interesse cultural e artístico representado por uma série de gravuras que E. Shee Twohig revelou quando trouxe a sua obra à estampa, em 1981. Os motivos foram identificados posteriormente pelo arqueólogo António Martinho Batista, dos quais se destaca uma possível composição pintada e gravada com enigmáticas figurações sub-rectangulares, de base trapezoidal e apêndice lateral curvo, representada na laje de cabeceira.

Fonte: Infopédia

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Neolítico (10.000 - 4.000 a.c.)

O Neolítico (Idade da Pedra Nova ou Idade da Pedra Polida) é o último período da Idade da Pedra e caracteriza-se por uma profunda mudança. Começaram a formar-se as primeiras comunidades neolíticas, que trocaram o estilo de vida nómada pelo sedentarismo. O Neolítico é a etapa que se segue ao Mesolítico (onde este último existiu).

Cromeleque de Almendres

A agricultura e a domesticação dos animais proporcionaram as principais condições para esta alteração, que fomentou ainda a produção de instrumentos mais sofisticados em pedra: machados para derrubar árvores das florestas, enxós para trabalhar os campos, mós para triturar os cereais recolhidos, pontas de seta para derrubar com flechas certeiras caça grande e pequena.


Dá-se o  desenvolvimento da tecelagem e o aparecimento da cerâmica e da olaria. E ainda construíram as primeiras moradias, tornando-se nos primeiros arquitectos do mundo.
O principal foco de difusão do Neolítico foi o Médio Oriente, nomeadamente as regiões da Palestina, Síria e norte da Mesopotâmia, onde se iniciou o cultivo de cereais e a domesticação de cabras, ovelhas, bovinos e suínos.
Em 4.000 a.C., a Revolução Neolítica chegou à Península Ibérica e a grande parte da Europa.