quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Música na Pré-história


Na sua "História Universal da música", Roland de Candé propõe a seguinte sequência aproximada de eventos:

Antropóides do terciário - Batidas com bastões, percussão corporal e objectos entrechocados.
Hominídeos do paleolítico inferior - Gritos e imitação de sons da natureza.
Paleolítico Médio - Desenvolvimento do controle da altura, intensidade e timbre da voz à medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam, culminando com o surgimento do Homo sapiens por volta de 70.000 a 50.000 anos atrás.
Dança de Cogul. Imagem encontrada em Cogul, Espanha. Mostra a dança das mulheres em torno de um homem nu.
Cerca de 40.000 anos atrás - Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza. Desenvolvimento da linguagem falada e do canto.
Entre 40.000 anos a aproximadamente 9.000 a.C - Criação de instrumentos mais controláveis, feitos de pedra, madeira e ossos: xilofones, litofones, tambores de tronco e flautas. Um dos primeiros testemunhos da arte musical foi encontrado na gruta de Trois Frères, em Ariège, França. Ela mostra um tocador de flauta ou arco musical. A pintura foi datada como tendo sido produzida em cerca de 10.000 a.C.
Neolítico (a partir de cerca de 9.000 a.C) - Criação de membranofones e cordofones, após o desenvolvimento de ferramentas. Primeiros instrumentos afináveis.
Cerca de 5.000 a.C - Desenvolvimento da metalurgia. Criação de instrumentos de cobre e bronze permitem a execução mais sofisticada. O estabelecimento de aldeias e o desenvolvimento de técnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na divisão do trabalho permitem que uma parcela da população possa se desligar da natividade de produzir alimentos. 
Isso leva ao surgimento das primeiras civilizações musicais com sistemas próprios (escalas e harmonia).

As Origens humanas mais antigas - A idade da Pedra


A Idade da Pedra é o período da Pré-História durante o qual os humanos criaram ferramentas de pedra, sendo a tecnologia mais avançada naquele tempo. A madeira, os ossos e outros materiais também foram utilizados (cornos, cestos, cordas, couro...), mas a pedra (e, em particular, diversas rochas de rotura conchóide, como o sílex, o quartzo, o quartzito, a obsidiana...) foi utilizada para fabricar ferramentas e armas, de corte ou percussão.

Contudo, esta é uma circunstância necessária, mas insuficiente para a definição deste período, já que nele tiveram lugar fenómenos fundamentais para os humanos, quanto às aquisições tecnológicas (fogo, ferramentas, moradia, roupa, etc), a evolução social, as mudanças do clima, a diáspora do ser humano por todo o mundo habitável, a revolução económica,  um sistema caçador-coletor, até um sistema parcialmente produtor (entre outras coisas).


As origens humanas mais antigas, achadas em Portugal, são ossadas tipo Neanderthal em Furninhas. A maioria das indústrias Paleolíticas peninsulares estão aí representadas, mas uma cultura distinta surge nos meados do Mesolítico nas zonas baixas do Vale do Tejo, datadas de cerca de 5.500 AC. As culturas Neolíticas chegaram da Andaluzia.

No primeiro milénio AC os povos Celtas entraram na Península pelos Pirenéus, e por pressão natural, muitos grupos dirigiram-se para ocidente. As culturas de Hallstatt trouxeram a fundição do ferro e a fabricação de armas e outros objectos do mesmo metal, ao Vale do Tejo. Os Fenícios e mais tarde os Cartagineses influenciaram fortemente o sul de Portugal no mesmo período.

Períodos da Pré-História no território onde hoje é Portugal - "Idade da Pedra" 
Paleolítico antigo ( Idade da Pedra Lascada ) - É representado até 100.000 A.C. por várias indústrias líticas de que se destacam o Abbevillense, o Clactonense. o Achelense, o pré-Musturiense e o Languedocense. Vestígios nas praias quaternárias do litoral, arredores de Lisboa, Trás-os-Montes, Beira e Alentejo. 
Paleolítico médio - Desde 100.000 a 40.000 anos A.C. Vestígios nos estratos da Mealhada, sul de Peniche, bacia do Tejo, Columbeira ( Bombarral ), Furninha ( Peniche ), Ribeira da Laje ( Oeiras ), litoral do Minho. 
Paleolítico superior - Desde 40.000 a 8.000 anos A.C. Tribos de caçadores instalaram-se nas várias regiões do Ocidente Ibérico. Tinham instrumentos de pedra e de osso mais aperfeiçoados que os das culturas anteriores. Práticas funerárias generalizadas e manifestações artísticas com fins mágicos. Vestígios no Rossio do Cabo ( Torres Vedras ), grutas das Salemas ( Ponte de Lousa ),
Epipaleolítico - 8.000 a 5.000 anos A.C. Populações que viveram em cabanas junto às margens. Usavam objectos de adorno e enterravam os seus mortos na posição fetal. 
Neolítico ( Idade da Pedra Polida ) - 5.000 a 2.000 anos A.C. Povos de origem mediterrânica, introduziram a agricultura e a pastorícia na orla marítima e em algumas regiões do interior. Já no período do Calcolítico em meados do terceiro milénio antes de Cristo, grupos de mercadores vieram abastecer-se de cobre aos centros metalúrgicos da orla mediterrânica. Vestígios quase em todo o território português. 
Fim do que se considera "Idade da Pedra". É importante lembrar que, a Idade da Pedra foi substituída em tempos diferentes. Por exemplo, escavações mostraram que enquanto em certos lugares como a Grã-Bretanha, se vivia na Idade da Pedra, em outros, como Roma, Egipto e China, já se usavam os metais, construíam-se belas casas e conhecia-se a escrita ideográfica ( escrita por hieróglifos ou símbolos).
Ainda hoje, em alguns lugares do mundo, como a Nova Zelândia, há tribos que mal estão saindo do modo de vida da Idade da Pedra. Algumas das tribos Maoris estão nessa situação.
Idade do Bronze - 2.000 a 700 anos A.C. No sudoeste da Península Ibérica floresceu, de meados do segundo milénio até 700 anos A.C.. uma civilização dada à metalurgia de que se identificaram duas fases: o Bronze I (1500-1100) e o Bronze II (1100-840) ambas representadas por necrópoles de cistas e mobiliário cerâmico e metálico, de cobre, ouro e bronze.

A Idade do Cobre - Idade do Bronze



Idade do Cobre, ou Calcolítico (do grego Χαλκός, transl. khalkos), "cobre" + λίθος, transl.líthos, "pedra") é um dos períodos da proto-história, situado cronologicamente entre o Neolítico e a Idade do Bronze (aproximadamente 2500 a 1800 a.C.). O termo também pode ser utilizado para denominar algumas sociedades que apresentaram manifestações culturais diferenciadas durante este período.
Extracção de metais
O bronze é uma liga metálica que compreende o cobre e o estanho, antes de se usar o bronze, usou-se o cobre, a esta época de utilização do cobre, chamou-se calcolítico, não obstante este facto, há quem não aceite esta designação caracterizadora, pois argumenta que a fundição de cobre não é mais do que o bronze natural; mesmo assim, a mesma utiliza-se, pois diferencia os períodos nos quais o bronze era forjado naturalmente da era em que o bronze começou a ser forjado artificialmente e com recurso a estanho. 
O cobre foi o primeiro metal que o ser humano utilizou há aproximadamente 5000 anos, ou seja, no final do Neolítico.

O Menir de São Paio de Antas



O Menir de São Paio de Antas, também referido como Menir de Pedra a Pé, localiza-se na freguesia de Antas, concelho de Esposende, distrito de Braga, em Portugal

Constitui-se em um monumento megalítico do tipo menir implantado no monte sobranceiro à Igreja Paroquial de São Paio de Antas, e para o qual sugere-se uma cronologia em torno de 3000 a.C. a 2000 a.C..
Menir de São Paio
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1992. Além deste, no concelho existem ainda outros dois menires, nas freguesias de São Bartolomeu do Mar e de Forjães.

Em granito apresenta uma configuração fálica e uma ligeira inclinação para sul. Possui as dimensões de 1,65 metros de altura e encontra-se enterrado cerca de 30 centímetros.

Muitos dos megalitos da Idade do Bronze como menires e dólmenes estão situados em regiões em que também há castros, e são anteriores aos Celtas quer em Portugal e na Galiza, quer na costa atlântica da França, Grã-Bretanha e Irlanda. Estes monumentos continuaram a ser utilizados pelos druidas celtas.

Os Romanos destruíram muitos castros, devido à resistência feroz dos povos castrejos ao seu domínio, mas alguns foram aproveitados e expandidos como cidades romanas. Segundo Jorge de Alarcão "Aos castros, deram os Romanos o nome de castella, que aparece nas inscrições do século I d.C. sob a forma abreviada de um C invertido[...]"