Os Ibéricos
tinham uma língua pré-romana própria, ainda que apenas se tenham decifrado
poucas inscrições encontradas. Isto demonstra que eram um povo culto, com algum
ordenamento urbano nos seus povoados e tinham os seus próprios rituais e
religião. Os Iberos conheceram a escrita através dos povos gregos e fenícios.
Algumas palavras têm uma ligação directa com o alfabeto fenício na sua vertente
mais arcaica, mas também foram adicionadas vogais gregas e podem-se encontrar
parecenças com alguns testemunhos escritos da Ásia Menor. Um dado curioso é que
existia dois tipos de alfabetos próprios: o meridional ou tartésico e o
levantino ou oriental; que por sua vez indiciam uma separação de culturas
dentro da península.
Muito menos
conhecida que a levantina por causa das poucas inscrições conhecidas e da
grande variedade e formas dos símbolos, a meridional surge na área tartésica,
mesmo sendo indecifrável sabemos que se escrevia da direita para a esquerda,
foram ainda encontradas escrituras em espiral e no sistema bustrofedónico,
"como ara el buey", sistema de escritura caracterizado por combinar o
sentido da escrita das linhas alternado (da esquerda para a direita; direita
para a esquerda; esquerda para direita...) invertendo sempre o sentido da linha
anterior).
A escritura meridional foi utilizada na Alta Andalucía e no sudeste, persistindo até ao inicio da época romana. Outro dos achados surpreendentes na câmara de Arjona foi uma inscrição em Ibero meridional, na tampa de uma urna de chumbo. Nesta aparece o que poderá ter sido o nome incompleto de um príncipe ali enterrado com a sua família, "...ILTIR filho de EKATERUTU, foi a primeira vez que foi documentado um nome Ibero.
A escritura meridional foi utilizada na Alta Andalucía e no sudeste, persistindo até ao inicio da época romana. Outro dos achados surpreendentes na câmara de Arjona foi uma inscrição em Ibero meridional, na tampa de uma urna de chumbo. Nesta aparece o que poderá ter sido o nome incompleto de um príncipe ali enterrado com a sua família, "...ILTIR filho de EKATERUTU, foi a primeira vez que foi documentado um nome Ibero.
Ibero levantina: inscrições em escrita semi-silábica
ibérica e na língua ibérica, , quase sempre escrito da esquerda para a direita.
Documentada entre os séculos IV a.C. e I a.C. Antes da segunda guerra púnica o
seu uso limitava-se à zona costeira desde o sul de França (do río Orb: Béziers/
Narbonne) ao norte da província de Valência. Posteriormente o seu uso
estendeu-se para sul até Múrcia incluindo Granada (pese que apenas está
documentado, a "ceca de Granada" deve de estar escrita em levantino)
y até ao interior, especialmente no valle del Ebro com testemunhos decrescentes
que chegam a Aragón e Navarra.
Estrabão disse que os Iberos tinham musicas e leis
escritas em verso, para assim facilitar a sua aprendizagem pelo povo,
conhecem-se alguns documentos, como os chamados "plomos de Gádor e La
Bastida de Mogente" e alguns pratos ornamentados com pequenas inscrições,
mas que na maioria dos casos tratam-se apenas de palavras soltas, inúteis para
qualquer tentativa de tradução, já que a respeito do idioma escrito Ibérico
pouco se sabe incluindo o ponto em que se separam as palavras. Apesar dos
numerosos restos recuperados, o significado das línguas Ibéricas ainda é uma
incógnita.
O Lusitano: foi uma língua indo-europeia ocidental
atestada em quatro inscrições encontradas na bacia média do Tejo. Alguns
investigadores defendem a sua "celticidade" apesar do facto de se
conservar a identidade indo-europeia.
O mapa
linguístico acima, também é étnico (pelo menos na maioria dos casos), porque
àquele tempo as "aculturações" eram muito mais raras e escassas, logo
era mais difícil um povo perder a sua língua original pela de outro povo
invasor (romano, por exemplo).
de qualquer modo, repare-se, por exemplo, no Sul da Lusitânia, que apesar de ter sido parcialmente "celtizado", não era de etnia indo-europeia (turdetana?)
as zonas marcadas a rosa e "ameixa" não são zonas indo-europeias, tal como o País Basco (amarelo claro) ou enclaves no extremo-sul da Espanha (cor-de-laranja, ocupação fenícia)
as zonas marcadas a verde (escuro e claro) são zonas indo-europeias.
as zonas onde haviam idiomas ou dialectos celtas são indicados no mapa pela letra "C"
a Lusitânia propriamente dita falava um idioma não-céltico, mas indo-europeu, apesar de se discutir muito sobre o alegado "celtismo" dos Lusitanos.
é discutível se a área Lusitana chegava à zona de Lisboa e da Estremadura, mas também não é essencial.
na antiga Galécia histórica falava-se o idioma celta Galaico, provavelmente relacionado com o ramo gaélico.
Mais a Sul da Lusitânia, no Alentejo Central e área do Guadiana (ambos os lados da fronteira entre os estados português e espanhol) falavam-se dialectos celtas, já na zona do Baixo Alentejo e Algarve (ocupação turdetana) apesar de não ser uma área indo-europeia, falava-se um dialecto celta ou celtizado, conforme vem devidamente explicado na própria legenda.
de qualquer modo, repare-se, por exemplo, no Sul da Lusitânia, que apesar de ter sido parcialmente "celtizado", não era de etnia indo-europeia (turdetana?)
as zonas marcadas a rosa e "ameixa" não são zonas indo-europeias, tal como o País Basco (amarelo claro) ou enclaves no extremo-sul da Espanha (cor-de-laranja, ocupação fenícia)
as zonas marcadas a verde (escuro e claro) são zonas indo-europeias.
as zonas onde haviam idiomas ou dialectos celtas são indicados no mapa pela letra "C"
a Lusitânia propriamente dita falava um idioma não-céltico, mas indo-europeu, apesar de se discutir muito sobre o alegado "celtismo" dos Lusitanos.
é discutível se a área Lusitana chegava à zona de Lisboa e da Estremadura, mas também não é essencial.
na antiga Galécia histórica falava-se o idioma celta Galaico, provavelmente relacionado com o ramo gaélico.
Mais a Sul da Lusitânia, no Alentejo Central e área do Guadiana (ambos os lados da fronteira entre os estados português e espanhol) falavam-se dialectos celtas, já na zona do Baixo Alentejo e Algarve (ocupação turdetana) apesar de não ser uma área indo-europeia, falava-se um dialecto celta ou celtizado, conforme vem devidamente explicado na própria legenda.
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