Os Iberos eram um povo moreno, de
estatura mediana, que habitou a península Ibérica na antiguidade. A
respeito da sua origem, há duas teorias:
Uma diz-nos que os Iberos eram os habitantes originais da Europa
ocidental e os criadores da grande cultura megalítica que teve início em
Portugal1, no fim do VI milénio a.C., e se espalhou pela península
Ibérica, França, Inglaterra, Irlanda e Dinamarca, até meados do II
milénio a. C. Essa teoria está apoiada em evidências arqueológicas,
genéticas e linguísticas. A ser verdade esta teoria, os Iberos teriam
sido o mesmo povo dominado pelos Celtas no primeiro milénio a.C., na
Irlanda, Grã-Bretanha e em França. A própria Enciclopédia Britânica
define os ingleses como descendentes dos Iberos e dos Celtas.
Alternativamente outra teoria sugere que eram originários do Norte da
África, de onde emigraram provavelmente no século VI a.C. para a
península Ibérica (à qual cederam o nome), onde ocuparam uma faixa de
terra entre a Andaluzia e o Languedoc (na França). Foram parceiros
comerciais dos Fenícios, os quais fundaram dentro do território dos
Iberos várias colónias comerciais, como Cádiz, Eivíssia e Empúries.
Foram assimilados pelos Celtas no século I a.C. formando o povo
conhecido como Celtiberos.
Iberos – Os Iberos eram um povo pré-histórico que vivia no Sul e no Este
do território que mais tarde tomou o nome de Península Ibérica. As
ondas de emigração de povos Célticos que desde o século VIII até ao
século VI a. C. entraram em massa no noroeste e zona centro da actual
Espanha, penetraram também em Portugal e Galiza, mas deixaram intactos
os povos indígenas da Idade do Bronze Ibérica no Sul e Este da
península.
Os geógrafos gregos deram o nome de Ibéria, provavelmente derivado do
rio Ebro (Iberus), a todas as tribos instaladas na costa sueste, mas que
no tempo do historiador grego Herodotus (500 a.C.), é aplicado a todos
os povos entre os rios Ebro e Huelva, que estavam provavelmente ligados
linguisticamente e cuja cultura era distinta dos povos do Norte e do
Oeste. Havia no entanto áreas intermédias entre os povos Célticos e
Iberos, como as tribos Celtiberas do noroeste da Meseta Central e na
Catalunha e Aragão.
Das tribos Iberas mencionadas pelos autores clássicos, os Bastetanos
eram territorialmente os mais importantes e ocupavam a região de Almeria
e as zonas montanhosas da região de Granada. As tribos a Oeste dos
Bastetanos eram usualmente agrupadas como "Tartessos", derivado de
Tartéssia que era o nome que os gregos davam à região.
Os Turdetanos do vale do rio Guadalquivir eram os mais poderosos deste grupo. Culturalmente as tribos do noroeste e da costa valenciana eram fortemente influenciadas pelas colónias gregas de Emporium ( a moderna Ampúrias ) e na região de Alicante a influência era das colónias fenícias de Malaca ( Malága ), Sexi ( Almuñeca ), e Abdera ( Adra ), que passaram depois para os cartagineses.
Na costa este as tribos Iberas parecem ter estado agrupadas em
cidades-estado independentes. No sul houve monarquias, e o tesouro de El
Carambolo, perto de Sevilha, parece ter estado na origem da lenda de
Tartessos. Em santuários religiosos encontraram-se estatuetas de bronze e
terra-cota, especialmente nas regiões montanhosas. Há uma grande
variedade de cerâmica de distintos estilos ibéricos.
Foi encontrada cerâmica ibérica no sul da França, Sardenha, Sicília, e
África e eram frequentes as importações gregas . A esplêndida Dama de
Elche, um busto com características que mostram forte influência
clássica grega. A economia Ibérica tinha uma agricultura rica , forte
exploração mineira e uma metalurgia desenvolvida.
A língua Ibérica era uma língua não Indo-Europeia, e continuou a ser
falada durante a ocupação romana. Ao longo da costa Este utilizou-se uma
escrita Ibérica, um sistema de 28 sílabas e caracteres alfabéticos,
alguns derivados dos sistemas fenício e grego, mas de origem
desconhecida. Ainda sobrevivem muitas inscrições dessa escrita, mas
poucas palavras são compreendidas, excepto alguns nomes de locais e
cidades do III século, encontradas em moedas. Os Iberos conservaram a
sua escrita durante a conquista romana, quando se começou a utilizar o
alfabeto latino. Ainda que inicialmente se pensou que a língua basca era
descendente do Ibero, hoje considera-se que eram línguas separadas.
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